CABO ÓPTICO SUBMARINO AVARIADO POR ÂNCORAS E MATERIAIS DE PESCA

CABO ÓPTICO SUBMARINO AVARIADO POR ÂNCORAS E MATERIAIS DE PESCA
INSPEÇÃO VISUAL EM TERRA DE 750 METROS DE CABO ÓPTICO SUBMARINO AVARIADOS ( TRÊS GRUPOS DE FIBRAS SECCIONADOS E AS RESTANTES COM ATENUAÇÃO SUPERIOR A 9 dB's) RETIRADO DO MAR EM LOCAL COM PROFUNDIDADE SUPERIOR A 42 METROS. PARA CORRIGIR TAL ACIDENTE FORAM LANÇADOS 1050 METROS DE CABO E CONFECIONADAS MAIS DUAS EMENDAS ÓPTICAS SUBMARINAS. FCO JR (E-MAIL francisco.junior@rocketmail.com)

Filme Espetacular - Inspeção Cabo Óptico Submarino Oi

Filme Espetacular - Inspeção Cabo Óptico Submarino Oi
Francisco Júnior - Coordenador Esp Telecom Redes Ópticas Terrestres e Submarinas.

terça-feira, 23 de março de 2010

História do Cabo Submarino

Um cabo submarino é um meio de transmissão de eletricidade, voz, dados, ou outro sinal utilizando de um cabo especialmente construído para ser instalado sob ou sobre o leito oceânico. Cabos Submarinos podem ser de três tipos: metálico, coaxial ou óptico, sendo que este último é o mais utilizado.
Foto subaquática de cabo submarino acomodado do leito marinho por um periodo de tempo relativamente grande.

Cabo submarino é um cabo telefônico especial, que recebe uma proteção mecânica adicional, própria para instalação sob a água, por exemplo, em rios, baías e oceanos. Normalmente dispõe de alma de aço e de um isolamento e proteção mecânica especiais.

Este tipo de cabo telefônico é utilizado principalmente em redes internacionais de telecomunicações, que interligam países e continentes. No Brasil, pelo seu tamanho continental, o cabo submarino é utilizado para interconectar toda a sua costa. Seu tipo pode ser metálico, coaxial ou óptico, sendo este último o mais utilizado atualmente.

Muito embora existam divergências quanto às datas, o primeiro cabo submarino de que se tem notícia foi um cabo telegráfico lançado em 1851 no Canal Inglês de Dover. Em 1858 foi lançado o primeiro cabo submarino metálico transatlântico interligando a América do Norte e a Inglaterra. O sistema era lento com uma largura de banda capaz de transportar apenas duas palavras por minuto.


Seu funcionamento, no entanto, foi efêmero. O primeiro cabo submarino transatlântico lançado com sucesso só correu em 1866. O número de cabos submarinos metálicos continuou crescendo, mas ainda se limitavam à transmissão de mensagens telegráficas.
O cabo submarino coaxial surgiu em 1956 e permitiu a comunicação de várias pessoas ao mesmo tempo. No início dos anos 70, com o desenvolvimento do cabo óptico e a sua aplicação na comunicação submarina, este meio de transmissão tornou-se a melhor opção.


O primeiro sistema óptico, precursor dos sistemas de cabos submarinos atuais, foi implantado nas Ilhas Canárias em 1982. A era do cabo óptico submarino de longa distância teve início efetivamente em 1988 com o lançamento de um cabo óptico submarino transatlântico entre os oceanos Pacífico e Atlântico (interligando USA, França e Inglaterra) com capacidade de transmissão em massa.


A primeira rede de fibra ótica projetada para utilização da técnica DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexer) foi implementada em 1988 e interligou os Estados Unidos com a Grã-Bretanha, a Alemanha e a Holanda. Este cabo era associado ao sistema TAT-8 e elevou a capacidade de tráfego entre os EUA e a Europa para 20.000 circuitos de voz.


No final do século XX e início do século XXI o mundo viu um aumento efetivo de oferta de banda através dos novos sistemas de cabos submarinos que foram lançados neste período no Oceano Pacífico, Oceano Atlântico, Sudeste da Ásia, e América do Sul. Neste período as Américas vivenciaram o lançamento de três novas redes ópticas submarinas de grande capacidade e alta tecnologia que interligam as três Américas circundando-as pelo Atlântico e o Pacífico: SAM1 da Emergia, o South American Crossing da Global Crossing e o 360 Network (Globenet).


Uma combinação de fatores foi responsável por este aumento de banda, como a demanda reprimida, o aumento de tráfego telefônico e de TV internacional, a Internet, a desregulamentação do setor de telecomunicações em vários países, a competição e o avanço tecnológico como o DWDM, técnicas de amplificação óptica (amplificador óptico em linha, pós-amplificador, pré-amplificador, amplificação remota, etc.). Tais fatores permitiram ampliar as bandas e reduzir os custos de equipamentos, cabos e os serviços de instalação e lançamento, tendo sido determinantes para que os preços de banda passassem a um novo patamar.


Em paralelo implementaram-se mecanismos de proteção mecânica (dos cabos submarinos) e de sistema (por exemplo, estrutura em anel de autocorreção), conferindo aos sistemas ópticos submarinos novos paradigmas de confiabilidade e disponibilidade. Hoje se tem vários sistemas com capacidade de terabits e técnica de DWDM com 60 – 90 lambdas (comprimentos de onda).
O tempo de transmissão de um sinal, que nos primórdios da telegrafia ainda era medido em minutos, caiu para milissegundos com o emprego da fibra ótica. Atualmente o maior cabo óptico submarino do mundo em extensão é o SEA-ME-WE 3, que mede 38 mil quilômetros e interliga 32 países do Sudeste Asiático, do Oriente Médio e da Europa...


Decorrem atualmente algumas iniciativas que poderão servir para melhorar radicalmente a forma como África – e em particular a África lusófona – acede e se conecta à Internet. Um dos projetos em curso é o “MaIN OnE Project”, o lançamento de um cabo submarino de Banda Larga em fibra óptica que irá ligar a costa ocidental africana à Europa, através de… Portugal. O novo cabo permitirá aumentar a rapidez e fiabilidade das ligações africanas à Internet global e para além de dados, será também utilizado para comunicações de voz. O cabo terá uma capacidade de 1,28 terabits por segundo e irá servir Portugal, Marrocos, Senegal, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Gabão, a República Democrática do Congo, Angola e a África do Sul. O cabo começará a ser instalado ainda antes do final deste ano e deverá estar completamente operacional em 2010. No total, o cabo submarino terá mais de 14 mil quilómetros de comprimento, O cabo será instalado por uma empresa privada, a “Main Street Technologies” (MST) e é uma empresa de capital nigeriano.


A nova estrutura permitirá aliviar a dependência para serviços de comunicações baseados em satélites – altamente dispendiosos e só acessíveis às grandes empresas – e por um cabo lançado em 2002 e que já ligava a África do Sul a Portugal, também, mas que cedo se revelou insuficiente para o volume de comunicações requerido.


O novo cabo submarino vai disponibilizar serviços a metade do preço dos atuais (via satélite) e será crucial para o desenvolvimento do continente africano, onde a taxa de penetração da Internet é inferior a 5% de toda a população. Este cabo – assim como outros idênticos que estão em fases diferentes de lançamento – não vão resolver o problema essencial do acesso à Internet em África que é o da do “último quilómetro”… Ou seja, a ligação que nos leva até casa um ponto de acesso, a qual é por regra de muito má qualidade, com falhas de serviço constantes, com baixas velocidades e a um alto preço, para os padrões de vida locais. Estes cabos oceânicos vão permitir o aparecimento de ISPs de “retalho” praticando preços razoáveis, mas não resolverão o problema da acessibilidade africana à rede globa. Origem: Wikipédia.

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